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WhatsApps inapropriados (e ilegais) fora de controlo em Wall Street

De piadas obscenas a partilha de informações confidenciais, aplicações com mensagens encriptadas levantam problemas nas instituições financeiras.
  • Brendan McDermid / Reuters
3 Abril 2017, 11h18

As aplicações WhatsApp e Signal permitem enviar mensagens encriptadas e estão a ser usadas por traders, banqueiros e gestores de ativos para comunicar, em alguns casos de forma inapropriada ou mesmo de forma juridicamente duvidosa. O alerta é feito pela agência Bloomberg, que refere piadas obscenas, mas também capturas de ecrã sobre informações confidenciais de clientes.

A troca de mensagens encriptadas permitirá contornar políticas de compliance de forma praticamente indetectável. A tendência levanta questões sobre as dificuldades em detetar comportamentos ilegais, apesar das iniciativas no setor para limitar comunicações não monitorizadas. As regras determinam que instituições financeiras têm de manter registos das comunicações empresariais por escrito, incluindo piadas, por exemplo.

O problema é que comunicações encriptadas podem propiciar violações e manipulações. “Já se consegue operar perfeitamente fora do banco”, explicou o ex-director da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), William McGovern, à Bloomberg. “Observamos nas nossas investigações que o terreno está a mudar para todos, e as mudanças tecnológicas são responsáveis por boa parte disso”.

Para prevenir eventuais infrações, o Deutsche Bank proibiu mensagens de texto e aplicações como WhatsApp e iMessage nos telemóveis da empresa, em janeiro. Outras instituições, como Goldman Sachs Group, Bank of America e Citigroup, monitorizam de forma rotineira e-mails e chats dos funcionários. Assim, nem todos os casos ficam por identificar e um ex-banqueiro do Jefferies Group foi multado na semana passada no Reino Unido por partilhar informações confidenciais no WhatsApp.

 

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