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‘Yields’ da zona euro disparam com corte no ritmo de compras pelo BCE

Mario Draghi desilude investidores com corte de um quarto para 60 mil milhões de euros
8 Dezembro 2016, 13h28

As ‘yields’ das Obrigações soberanas da zona euro disparam após o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado que vai prolongar o programa de compras até dezembro de 2o17, mas a um ritmo mensal reduzido para 60 mil milhões de euros a partir de abril.

A taxa da dívida soberana portuguesa a 10 anos agrava 7 pontos base para 3,53%, a equivalente espanhola sobe 8 pontos para 1,50%, enquanto a do Bund alemão, principal referência do mercado europeu, avança 9 pontos base para 0,42%, tendo tocado em máximos de janeiro deste ano.

No entanto, a taxa da dívida italiana é a que mais sobe, agravando 10 pontos base para 1,98%, numa altura em que o país vive incerteza política após a vitória do ‘Não’ no referendo constitucional de domingo e que levou à demissão do primeiro-ministro Matteo Renzi.

A grande maioria dos analistas consultados pela Bloomberg previa que o BCE prolongasse o programa, mas até setembro e ao ritmo actual de 80 mil milhões de euros.

A reação do mercado espelha os eventos vistos há um ano atrás, quando, após semanas de cimentar expectativas sobre cortes de taxas e um impulso na compra de obrigações, a dimensão das medidas do BCE desapontou os investidores e desencadeou uma subida nas ‘yields’ das obrigações.

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