A zona euro entrou oficialmente em recessão, embora uma ligeira, dada a confirmação de um recuo de 0,1% nos primeiros três meses do ano no PIB da moeda única. Este era um resultado temido, sobretudo depois dos dados alemães que sinalizaram o mesmo comportamento da maior economia do bloco, mas que contrariam a estimativa inicial de um avanço de 0,1%.
Os dados do Eurostat desta quinta-feira mostram uma perda inesperada de 0,1% no primeiro trimestre da zona euro em cadeia, que dá seguimento a igual resultado no final de 2022. Ficam assim confirmados dois trimestres seguidos de crescimento negativo, ou seja, a zona euro está agora numa recessão técnica.
Ainda assim, os números numa análise homóloga são mais favoráveis, mostrando um crescimento de 1,0% para o bloco da moeda única e para a UE como um todo.
Portugal foi dos países que mais destoou, ao registar o terceiro maior crescimento em cadeia da UE. Na liderança, a Polónia, com 3,8%, seguida do Luxemburgo, com 2,0%. A economia nacional avançou 1,6% no período em análise.
Do lado oposto, o PIB irlandês recuou 4,6%, o lituano 2,1% e o neerlandês 0,7%.
O consumo foi o grande responsável pelo abrandamento da economia da moeda única, tanto o privado, como o público. As famílias registaram um recuo de 0,3% nos seus gastos, enquanto os governos da zona euro verificaram menos 1,6%, sem que o investimento ou o comércio externo tenham conseguido compensar estas quedas.
[notícia atualizada às 11h13]