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António Costa: PRR vai acelerar a “descarbonização da economia”

Durante o lançamento do concurso público do Metrobus, no Porto, António Costa relembrou que por Portugal ter sido o primeiro a apresentar um Plano de Recuperação e Resiliência e o primeiro a ver o projecto “a receber luz verde da UE”, o país tem agora de ter “a ambição de ser os melhores a executar o PRR”.
  • Lusa
6 Julho 2021, 12h10

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê mais de seis mil milhões de euros para descarbonização, sendo que destes, grande parte será destinado à descarbonização da industria e a restante para melhorar a eficiência energética do edificado.

“Casando o PRR com a ambição da neutralidade carbónica e da urgência na redução de CO2, seleccionámos para o PRR um conjunto de investimentos muito significativos que visam precisamente a descabornização da sociedade e economia”, afirmou o primeiro-ministro António Costa, esta terça-feira, durante o lançamento do concurso de concepção e construção do sistema BRT, uma das grandes novidades da expansão do Metro do Porto.

“Hoje lançamos o concurso publico para o terceiro do três projectos do PRR para o sistema de mobilidade na cidade do Porto e no conjunto da Área Metropolitana do Porto”, adiantou o governante. Esta nova linha Império-Boavista representa um investimento de 66 milhões de euros e deverá estar a funcionar até 31 de dezembro de 2023.

Durante o lançamento do concurso público, esta manhã, em Serralves, António Costa relembrou que Portugal não só foi o primeiro país da União Europeia (UE) a apresentar um PRR, como foi o primeiro país a ver o projecto “a receber luz verde da UE”. “E agora temos que ter a ambição de ser os melhores a executar o PRR. Este é um tempo de combate à pandemia e um tempo de pôr a recuperação em ação”, frisou.

O concurso público internacional de concepção e construção do sistema de Bus Rapid Transit (BRT) – um transporte rodoviário em canal situado entre um double decker [autocarro de dois pisos] ou um autocarro articulado, e um veículo de metro –, que vai percorrer a Avenida da Boavista até à Praça do Império via Marechal Gomes da Costa em 15 minutos.

A importância deste projecto, de acordo com António Costa, vai em linha com a estratégia do bloco europeu e de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050, e a redução de até 55% das emissões líquidas de CO2, até 2030. “A mobilidade e os edifícios representam mais de metade das emissões de CO2. Temos que aproveitar estar oportunidade para fazer dois em um. Acelerar a recuperação e criar mais condições para garantir o futuro”, acrescentou.

A nova linha vai ter oito estações de superfície e as estações situadas ao largo da Marechal Gomes da Costa serão desenhadas pelo arquitecto Álvaro Siza. O prazo de execução da obra é de 20 meses, prevendo-se que possa engrossar a rede diária do Metro do Porto numa média diária superior a 31 mil clientes, o equivalente a mais de 11 milhões de validações/ano.

As propostas para o concurso público internacional da empreitada deverão ser entregues até Outubro. A obra propriamente dita está orçada em 45 milhões de euros, a que acresce o valor necessário para adquirir o equipamento de apoio à operação e os veículos para a frota BRT da cidade. O sistema de metrobus, com veículos articulados e lotação entre 180 e 220 passageiros, terá uma capacidade de transporte de cerca de 4400 pessoas hora/sentido. Actualmente, o Metro do Porto dispõe de uma capacidade máxima actual de 9.000 pessoas hora/sentido.

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