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CDS-PP opõe-se a obrigatoriedade da StayAway Covid e “ao circo autoritário que o Governo está a montar”

Apesar da sua posição quanto à obrigatoriedade, Francisco Rodrigues dos Santos garantiu que não vai aderir “à berraria daqueles que têm o telemóvel cheio de apps, e se recusam a instalar voluntariamente a STAYAWAY Covid, que foi concebida por uma entidade transparente e está sujeita a enorme escrutínio para salvaguardar da privacidade dos utilizadores”.
15 Outubro 2020, 14h53

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, garantiu esta quinta-feira que opõe-se à obrigatoriedade da aplicação de rastreamento ao coronavírus StayAway Covid.

“Oponho-me à obrigatoriedade da instalação da app StayAway Covid e ao circo autoritário que o Governo está montar em torno da fiscalização. Prefiro, em alternativa, uma campanha a sério de sensibilização em grande escala, pois só promovendo uma adesão voluntária em massa à app é que esta se torna uma arma eficaz”, escreveu, no Facebook, Francisco Rodrigues dos Santos.

Na publicação, o dirigente centrista considerou que tornar obrigatório a instalação da aplicação móvel seria a “pior coisa que o Governo pode fazer no combate a esta pandemia”, e que a imposição de tal medida poderá “dividir os portugueses e permitir que se extremem posições em polos opostos”. “O apelo que faço é ao bom senso”, pediu.

Apesar da sua posição quanto à obrigatoriedade, Francisco Rodrigues dos Santos garantiu que não vai aderir “à berraria daqueles que têm o telemóvel cheio de apps, e se recusam a instalar voluntariamente a StayAway Covid, que foi concebida por uma entidade transparente e está sujeita a enorme escrutínio para salvaguardar da privacidade dos utilizadores, que, sobretudo, pode salvar vidas e travar cadeias de contágios”.

A pior coisa que o Governo pode fazer no combate a esta pandemia é dividir os portugueses e permitir que se extremem…

Publicado por Francisco Rodrigues Dos Santos em Quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Além do CDS-PP, também o Bloco de Esquerda, o Chega e a Iniciativa Liberal manifestaram o seu desagrado quanto à proposta do Governo. Os bloquistas consideraram inaceitável a obrigatoriedade da aplicação e a líder do partido sublinhou que “não são novas as reservas que o Bloco manifestou sobre uma aplicação cuja eficácia se provou muito limitada e cujo princípio compromete de forma inaceitável a privacidade dos cidadãos”, segundo comunicado enviado à agência Lusa.

O líder do Chega, André Ventura, manifestou hoje a intenção do partido de votar contra as propostas do Governo de tornar obrigatório o uso de máscara na via pública e a utilização da app StayawayCovid.

Por sua vez, a Iniciativa Liberal disse, ontem, estar “frontalmente contra” imposição da instalação da app e o líder do partido João Cotrim Figueiredo assegurou que “tudo farão para averiguar a constitucionalidade” da proposta de lei do Executivo de António Costa.

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