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Desemprego registado cai 4,7% para o valor mais baixo de sempre (com áudio)

O desemprego registado voltou a encolher, no sexto mês do ano, tanto em cadeia, como em termos homólogos. Vários setores já se queixam mesmo de escassez de recursos humanos.
20 Julho 2022, 12h54

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a cair e atingiu “o valor mais baixo de sempre”, destaca o Ministério do Trabalho. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, em junho, havia cerca de 282 mil indivíduos desempregados, menos 25,3% do que há um ano e menos 4,7% do que em maio.

“No fim do mês de junho de 2022, estavam registados, nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, 282.453 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2021 (-95.419 indivíduos; -25,3%) e, no mesmo sentido, face ao mês anterior (-13.941 indivíduos; -4,7%)”, é explicado na nota divulgada esta quarta-feira pelo IEFP.

Já o Ministério do Trabalho salienta que, face a junho de 2019 (isto é, em comparação com o período pré-pandemia), o desemprego registado caiu 5,3%, o que significa que há menos 15.738 pessoas nessa situação do que no sexto mês do último ano antes da crise de Covid-19.

O gabinete de Ana Mendes Godinho destaca também que o total registado em junho de 2022 é o mais baixo de sempre. De notar que em maio o número de desempregados inscritos já tinha caído para mínimos de 2003, ano em que arranca a atual série estatística.

Para essa evolução, contribuíram, sobretudo, os grupos dos indivíduos que procuram novo emprego (-90.057), os que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-82.231) e os que estão inscritos há menos de um ano (-54.755), detalha o IEFP.

Quanto ao desemprego jovem (indivíduos com menos de 25 anos), em junho, registou-se uma “nova diminuição em cadeia de menos 6,3% em junho (-1.882 jovens) e uma diminuição de -32,2% (-13.188 jovens) face ao período homólogo”, é revelado esta quarta-feira.

Já a nível regional, junho foi sinónimo de uma redução homóloga do desemprego registado em todas as zonas do país, com destaque para o Algarve e para a Madeira. Nessas regiões, o número de desempregados inscritos caiu, respetivamente, 51,2% e 42,8%. “Também em relação ao mês anterior todas as regiões apresentaram decréscimos no desemprego com a maior variação a acontecer no Algarve (-18,7%)”, acrescenta o instituto.

Quanto aos setores de atividade, verificou-se de forma generalizada um recuo: no setor “agrícola”, o desemprego registado caiu 14,7%, no secundário 25,7% e no terciário 26,0%. Em maior detalhe, as variações mais acentuadas foram verificadas nas seguintes atividades: no alojamento, restauração e similares, verificou-se uma redução homóloga de 40,5% do desemprego registado, na indústria do couro e dos produtos do couro de 39,0% e na fabricação de veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte de 32,1%.

No final de junho, havia, além disso, 21.737 ofertas de emprego por satisfazer, menos 9,7% do que há um ano e menos 0,7% do que no mês anterior.

(Notícia atualizada às 14h17)

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