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Madeira: JPP quer por fim à “escravatura e opressão” na agricultura

O JPP considerou que os agricultores da vinha, da cana-de-açúcar e da banana estão a “trabalhar para aquecer, e ainda em regime de semi-escravatura” para alimentar empresas públicas.
12 Setembro 2023, 11h39

A candidatura do Juntos pelo Povo (JPP) às eleições regionais da Madeira, marcadas para 24 de setembro, quer colocar fim à “escravatura e opressão” que se vive na agricultura.

Durante uma ação de contato com a população, desta feita com agricultores de Santa Cruz, o candidato do JPP, Élvio Sousa, lembrou a passagem do Secretário Regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos, na Festa da Amora em Gaula: “o secretário regional da Agricultura citava as escrituras bíblicas para referir-se à civilização da inveja, de “assassinatos políticos” e de ciúmes, mas esqueceu-se de referir as histórias da escravatura e da opressão sobre os povos que trabalham a terra”.

Élvio Sousa considerou que os agricultores da vinha, da cana-de-açúcar e da banana estão a “trabalhar para aquecer, e ainda em regime de semi-escravatura” para alimentar empresas públicas.

“O JPP propõe-se lutar pelas populações que vivem da agricultura e por aqueles que trabalham de sol a sol, e que recebem pela uva o mesmo preço de há 30 anos. Por aqueles que recebem pela banana muito menos do que há 15 anos, e por outros “escravizados” que recebem apenas 340 euros por uma tonelada de cana-de-açúcar, quando o produto final aumentou 40%”, acrescentou Élvio Sousa.

O candidato do JPP disse que esta realidade é comprovada com faturas, e reivindicou é que preciso pagar melhor.

“A banana por exemplo, tem de ser paga, pelo menos, a um euro por quilo e acabar com os tachos e com as viagens e os carros de luxo da GESBA, e dispensar, com justa causa, todos os amigos de do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque e do secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos, que continuam a escravizar os agricultores”, disse o candidato da força partidária.

“O que dizem os agricultores é que isto está pior que o fascismo e com razão. Eles estão a trabalhar para aquecer e a perder dinheiro. Estão a trabalhar para sustentar empresas de amigos que “comem” 12 dos 18 milhões de euros dos frutos dos produtores de banana”, sublinhou Élvio Sousa.

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