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Navios ‘desaparecem’ do mapa para comprar e vender petróleo russo

Esta atividade ilícita acontece num momento em que o barril de petróleo russo tem um preço máximo fixado nos 60 dólares, enquanto o brent e o crude já ultrapassam os 90 dólares. Negócio rendeu 48 mil milhões de dólares no ano passado.
27 Setembro 2023, 11h30

Vão à Rússia comprar petróleo que está com embargo, ou seja, é mal visto aos olhos das economias, mas depois desligam o sistema de localização. Esta está a ser uma prática cada vez mais comum nos navios que transportam petróleo russo, de acordo com a imprensa internacional.

Petróleo russo. Vendas e receitas fiscais em máximos

Diz o “El Economista” que desligar a localização serve para evitar o controlo que o G7 impôs ao petróleo proveniente da Rússia desde o início da invasão à Ucrânia. No entanto, a prática já se está a tornar tão comum que se está a assumir um negócio oculto de vários biliões de dólares.

Estes mesmos navios estão a começar a ser conhecidos como ‘embarcações escuras’, dado o desaparecimento repentino dos mapas. Esta atividade ilícita acontece num momento em que o barril de petróleo russo tem um preço máximo fixado nos 60 dólares, enquanto o brent e o crude já ultrapassam os 90 dólares.

No entanto, a tecnologia de satélite quer terminar com este truque utilizado para cometer esta ilegalidade. A Organização Marítima Internacional quer todos os grandes navios equipados com sistemas de identificação automática, que deverão transmitir a sua localização durante todo o tempo em funcionamento para evitar colisões.

No primeiro semestre do ano, dados recolhidos pela Windward mostraram um aumento de 12% no número de embarcações que manipula os dados da localização, seja para carregar petróleo ou cereais.

Uma estimativa da Windward mostra que o Kremlin terá lucrado 48 mil milhões de dólares no ano passado com este esquema, tendo sido identificados mais de 1.100 petroleiros a manipular as respetivas localizações.

Outras informações garantem mesmo que o gás russo também continua a circular na União Europeia. Este ano, a Rússia é o 12º fornecedor do petróleo à União Europeia, com uma quota de mercado de 3%, enquanto no segundo trimestre do ano passado a quota era de 16%.

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