O Partido Comunista Português (PCP) não vai estar presente no discurso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Assembleia da República. A decisão foi confirmada pela deputada comunista Paula Santos, esta quarta-feira, 20 de abril.
“O que aqui salientamos é que estamos a tratar de uma sessão que já assistimos em outros parlamentos, onde houve a intervenção do presidente da Ucrânia, e essa intervenção não é um contributo para a paz. Aliás há sempre um apelo para intervenção da NATO na guerra, uma lógica do confronto para continuar uma situação e não encontrar uma situação pacífica para a paz”, referiu.
Para a deputada do PCP, a política de instigação do confronto com a Rússia só vai levar ao agravamento do conflito, a perda de mais vidas humanas e a um maior sofrimento com consequências dramáticas para os povos da Ucrânia e Rússia, mas também da Europa.
“A Assembleia da República não pode ser instrumentalizada e não pode dar palco com o objetivo da promoção da guerra e não da paz. Aquilo que a Assembleia da República e o nosso país o papel que devem ter relativamente a este confronto é de contribuir para a paz, o cessar-fogo e uma solução de segurança comum para os povos da Europa. É neste campo que se coloca o PCP”, defendeu Paula Santos.
O presidente ucraniano vai discursar esta quinta-feira na Assembleia da República pelas 17h00. Volodymyr Zelensky aceitou o convite realizado pelo Parlamento português no passado dia 7 de abril e vai dirigir-se aos partidos portugueses.
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