[weglot_switcher]

PEV lamenta fim das reuniões do Infarmed e lembra que pandemia “não está ultrapassada”

O Partido Ecologista “Os Verdes” refere que é necessária “sustentabilidade técnica” para que haja decisões políticas formadas e se consiga dar resposta aos mais vulneráveis à doença.
  • António Pedro Santos/Lusa
8 Julho 2020, 14h22

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) lamentou esta quarta-feira o fim das sessões epidemiológicas do Infarmed, anunciado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O PEV lembra que a pandemia da Covid-19 “não está ultrapassada” e que é necessária “sustentabilidade técnica” para que haja decisões políticas formadas e se consiga dar resposta aos mais vulneráveis à doença.

“Na nossa opinião [as reuniões do Infarmed] deveriam continuar a acontecer. Deveríamos acompanhar de forma sistemática todas estas questões técnicas e todos estes dados tão importantes que nos são fornecidos em cada reunião”, afirmou Dulce Arrojado, membro da comissão executiva nacional do PEV, à saída da décima e última reunião do Infarmed sobre a sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Dulce Arrojado sublinhou ainda que “só com grande sustentabilidade técnica podem ser formadas muitas das decisões políticas” e que foi isso que permitiu ir tomando decisões fundamentadas para lidar com a pandemia.

Segundo a informação apresentada pelo Infarmed aos decisores políticos e parceiros sociais, o PEV indica que “se podem considerar que estamos numa situação de estabilização dos casos epidémicos” da Covid-19, mas sublinha que “a pandemia não está degolada de todo mas teremos de conviver com ela”.

A dirigente ecologista alertou que a pandemia atinge “quem está mais fragilizado economicamente se encontra”, como é o caso das famílias que coabitam no mesmo espaço e que são famílias numerosas e aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de confinar e tiveram de continuar a ir para o trabalho e fazer movimentos pendulares, que “são focos de transmissão”.

“Estamos num momento em que não podemos baixar a guarda, mas temos de voltar à nossa normalidade, com todas as condições e condicionantes que a Direção-Geral da Saúde [DGS] nos vai trazendo, como higienização das mãos frequente e o distanciamento físico”, referiu Dulce Arrojado, apelando a que “sejam asseguradas essas mesmas condições de higiene e segurança” nos locais de trabalho.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.