Portugal está entre os quatro países da União Europeia (UE) que registaram uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2022, período marcado pela escalada dos preços e pelos demais efeitos do conflito em curso na Ucrânia. De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat, só a Polónia, a Letónia e a Lituânia tiveram um pior desempenho do que a economia lusa, face ao primeiro trimestre do ano.
Para o conjunto do bloco comunitário, o gabinete de estatísticas avança que o período compreendido entre abril e junho trouxe um crescimento de 0,6%, face a o trimestre anterior, e de 4%, em comparação com o trimestre homólogo de 2021, valores idênticos ao indicados nas estimativas rápidas divulgadas no final de julho.
Já no que diz respeito à Zona Euro, o Eurostat acabou por rever em baixa os números que tinha publicado, inicialmente. Assim, esta quarta-feira, o gabinete de estatísticas dá conta de que a economia da moeda única cresceu 0,6% em cadeia (menos 0,1 pontos percentuais do que indicava a estimativa inicial) e 3,9% em termos homólogos (também menos 0,1 pontos percentuais do que os dados inicialmente publicados).
Entre os Estados-membros, e em comparação com o arranque do ano, foi o PIB holandês que mais cresceu (2,6%), seguido da Roménia (2,1%) e da Roménia (2,1%).
Em contraste, em quatro países verificou-se uma quebra em cadeia do PIB: Polónia (-2,3%), Letónia (-1,4%), Lituânia (-0,4%) e Portugal (-0,2%). Ou seja, a economia portuguesa ficou entre as que registavam os piores desempenhos, entre abril e junho. Segundo explicou o Instituto Nacional de Estatística (INE), essa contração resultou, sobretudo, do contributo negativo da procura interna.
Já em termos homólogos, Portugal foi dos países que mais viu o PIB crescer (6,9%), ficando atrás apenas da Eslovénia (8,3%). Tal foi explicado pelo INE pelo contributo positivo da procura externa líquida, em resultado da aceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços que a verificada nas importações de bens e serviços.
Entre os Estados-membros, face há um ano, foi a Alemanha que menos viu a economia crescer (1,5%), seguindo-se a Eslováquia (1,6%) e a Letónia (2,5%).
Emprego desacelera na UE
A nota divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat dá conta também de que o número de pessoas empregadas cresceu 0,3% em cadeia tanto na União Europeia como na Zona Euro no segundo trimestre do ano. Em comparação, no primeiro trimestre, verificaram-se variações de 0,5% e 0,6%, respetivamente, o que significa que houve uma desaceleração, entre abril e junho.
A mesma tendência foi registada em termos homólogos. “Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o emprego cresceu 2,4% na Zona Euro e 2,3% na UE no segundo trimestre, depois de subidas de 2,9% na Zona Euro e de 2,8% na UE, no primeiro trimestre de 2022”, sublinha o Eurostat.
(Notícia atualizada às 10h49)
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