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Portugal entre os quatro países da UE onde o PIB contraiu no segundo trimestre (com áudio)

A economia portuguesa encolheu 0,2% no segundo trimestre, face ao arranque de 2022, um dos piores desempenhos registados entre os Estados-membros. Só a Polónia, a Lituânia e a Letónia registaram quebras mais expressivas.
17 Agosto 2022, 09h21

Portugal está entre os quatro países da União Europeia (UE) que registaram uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2022, período marcado pela escalada dos preços e pelos demais efeitos do conflito em curso na Ucrânia. De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat, só a Polónia, a Letónia e a Lituânia tiveram um pior desempenho do que a economia lusa, face ao primeiro trimestre do ano.

Para o conjunto do bloco comunitário, o gabinete de estatísticas avança que o período compreendido entre abril e junho trouxe um crescimento de 0,6%, face a o trimestre anterior, e de 4%, em comparação com o trimestre homólogo de 2021, valores idênticos ao indicados nas estimativas rápidas divulgadas no final de julho.

Já no que diz respeito à Zona Euro, o Eurostat acabou por rever em baixa os números que tinha publicado, inicialmente. Assim, esta quarta-feira, o gabinete de estatísticas dá conta de que a economia da moeda única cresceu 0,6% em cadeia (menos 0,1 pontos percentuais do que indicava a estimativa inicial) e 3,9% em termos homólogos (também menos 0,1 pontos percentuais do que os dados inicialmente publicados).

Entre os Estados-membros, e em comparação com o arranque do ano, foi o PIB holandês que mais cresceu (2,6%), seguido da Roménia (2,1%) e da Roménia (2,1%).

Em contraste, em quatro países verificou-se uma quebra em cadeia do PIB: Polónia (-2,3%), Letónia (-1,4%), Lituânia (-0,4%) e Portugal (-0,2%). Ou seja, a economia portuguesa ficou entre as que registavam os piores desempenhos, entre abril e junho. Segundo explicou o Instituto Nacional de Estatística (INE), essa contração resultou, sobretudo, do contributo negativo da procura interna.

Já em termos homólogos, Portugal foi dos países que mais viu o PIB crescer (6,9%), ficando atrás apenas da Eslovénia (8,3%). Tal foi explicado pelo INE pelo contributo positivo da procura externa líquida, em resultado da aceleração mais acentuada das exportações de bens e serviços que a verificada nas importações de bens e serviços.

Entre os Estados-membros, face há um ano, foi a Alemanha que menos viu a economia crescer (1,5%), seguindo-se a Eslováquia (1,6%) e a Letónia (2,5%).

Emprego desacelera na UE

A nota divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat dá conta também de que o número de pessoas empregadas cresceu 0,3% em cadeia tanto na União Europeia como na Zona Euro no segundo trimestre do ano. Em comparação, no primeiro trimestre, verificaram-se variações de 0,5% e 0,6%, respetivamente, o que significa que houve uma desaceleração, entre abril e junho.

A mesma tendência foi registada em termos homólogos. “Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o emprego cresceu 2,4% na Zona Euro e 2,3% na UE no segundo trimestre, depois de subidas de 2,9% na Zona Euro e de 2,8% na UE, no primeiro trimestre de 2022”, sublinha o Eurostat.

(Notícia atualizada às 10h49)

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