[weglot_switcher]

Ryanair afirma que estabelecer um preço mínimo para os voos na UE é “politicamente impossível”

O presidente da Ryanair, Eddie Wilson, afirmou que achava “politicamente impossível” que se aplica-se um preço mínimo em toda a UE ou que se imponha um limite nas viagens aéreas nos próximos cinco ou dez anos.
21 Setembro 2023, 15h58

A companhia aérea de Dublin, Ryanair, afirmou que não vê risco da União Europeia (UE) introduzir preços mínimos ou limites obrigatórios nos voos, no entanto isso vai privar os direitos das pessoas com menos possibilidades, o que torna-o politicamente impossível, segundo a “Reuters”.

“Bem-vindo à Bélgica”. CEO da Ryanair recebido com duas tartes na cara (com vídeo)

O presidente da Ryanair, Eddie Wilson, afirmou que achava “politicamente impossível” que se aplicasse um preço mínimo em toda a UE ou a imposição de um limite nas viagens aéreas nos próximos cinco ou dez anos.

“As pessoas precisam de conectividade para voar entre cinco a 600 quilómetros e chegar ao destino rapidamente, não se trata só de viagens de férias, as viagens aéreas são necessárias para muitas outras coisas”, salienta Eddie Wilson.

O ministro dos transportes francês, Clement Beaune, afirmou que vai procurar apoio de outros países da UE para um preço mínimo nos voos na Europa, numa tentativa de reduzir a contribuição do sector da aviação para as alterações climáticas.

As autoridades da UE revelaram à Reuters que países como a Bélgica e os Países Baixos apoiam a ideia francesa. No entanto, a França poderá ter dificuldades em obter apoio suficiente entre os outros países da UE, que incluem nações insulares que dependem do transporte aéreo e regiões com sectores de turismo impulsionados por voos de baixo custo.

O governo dos Países Baixos também revelou que vai avançar com planos para limitar o número de voos no Aeroporto Schiphol de Amesterdão, no próximo ano, enquanto aguarda pela aprovação da UE, numa tentativa de reduzir a poluição sonora e a emissão de gases com efeito de estufa.

A Ryanair é a transportadora económica que tem maior número de passageiros na Europa e acredita que, em vez disso, a indústria aérea deveria reduzir as suas emissões de carbono para zero, aumentando a utilização de combustíveis de aviação sustentáveis e voando em aeronaves maiores e menos barulhentas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.