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Tiago Brandão Rodrigues: “Não há nada como o ensino presencial”

O ministro da Educação acompanhou na Secundária de Santa Maria, em Sintra, o regresso dos alunos do 11.º e 12.º às aulas presenciais e desvalorizou as críticas da Fenprof que apontam “alguma imprudência” na reabertura.
18 Maio 2020, 14h13

“Era importante que a Fenprof fosse às nossas escolas, que visse o  trabalho das direções das escolas, dos corpos docentes, dos assistentes operacionais e pudessem, acima de tudo, ver como as escolas se foram adaptando. Era importante verem também como os professores, os alunos disseram hoje claramente e estão a dizer um pouco por todo o país que por muito que o ensino à distância funcionasse como eu já o disse não há nada como o ensino presencial”.

Foi na Escola Secundária de Santa Maria, em Sintra, usando a antena da SIC Notícias que o acompanhava, que o ministro da Educação respondeu às críticas da FENPROF à reabertura este 18 de maio de cerca de 500 escolas do ensino secundário.

Tiago Brandão Rodrigues, acompanhado da  secretária de Estado da Educação, Susana Amador, visitou esta segunda-feira esta escola inserida no Agrupamento de Escolas do Monte da Lua. Aí, as portas abriram, ou vão abrir, para 900 alunos distribuídos por quatro turnos, dois de manhã e dois à tarde.

“Acima de tudo vimos como em cada uma das salas onde entramos alunos, professores mostraram que era importante voltarem a estar juntos”, sublinhou o ministro à equipa da RTP que também o acompanhava nesta visita.

Antes, em Coimbra, à entrada da Escola Secundária D. Dinis, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, acusou o Ministério da Educação de “alguma imprudência” na preparação da reabertura das escolas. Segundo a maior estrutura sindical de professores do país, impunha-se um rastreio obrigatório “que permitisse perceber o estado infecioso ou não dos estudantes, até porque os jovens, em boa parte dos casos, são assintomáticos”.

Mais de 500 escolas secundárias, encerradas há cerca de dois meses devido à pandemia da Covid-19, reabrem esta segunda-feira, 18 de maio, as suas portas, depois de desinfetadas pelo Exército e no meio de fortes medidas de segurança. As aulas presenciais envolvem apenas os alunos do 11.º e 12.º anos nas disciplinas sujeitas a exame nacional e os alunos do 2.º e 3.º anos dos cursos de dupla certificação do secundário, num total de cerca de 150 mil estudantes.

Para garantir esta operação, o Governo enviou para as mais de 500 escolas envolvidas 17 mil litros de desinfetante, 620 mil luvas, 966 mil aventais e mais de 22 mil viseira, segundo revelou o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião de Conselho de Ministros, na semana passada. Os equipamentos foram transportados e distribuídos pelas Forças Armadas.

Tiago Brandão Rodrigues salientou a importância de ter envolvido o ensino secundário neste esforço de desconfinamento do país. “Fizemo-lo com consciência, fizemo-lo acima de tudo querendo aumentar os graus de segurança para que a confiança existisse verdadeiramente e é o que estamos a fazer hoje. Está acontecer aqui em Sintra mas regularmente um pouco por todo o país. Pensar que poderíamos estar indefinidamente em casa não era uma solução”.

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