Um facto salta à vista: este problema provavelmente não existiria se o Orçamento do Estado para 2024 não tivesse sido aprovado após a demissão do Governo de António Costa.
No limite, a tendência tecnocrática convive bem com um certo elitismo e paternalismo. E não se podendo confundi-la com a ameaça da autocracia, na verdade existe em ambas alguma alergia pela conceção democrática da política.
Estes três grandes eixos deverão ser encarados de forma articulada, conciliando-se e reforçando-se mutuamente. Deve ser esse o foco das políticas públicas a adotar.
Podemos “dar muitas na ferradura”. Nem tudo foi nem é perfeito. E a possibilidade de criticar e exigir é talvez a maior conquista da democracia. 50 anos depois queremos mais e melhor. E batemo-nos por isso.