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Abramovich. Governo português com poder para travar venda do Chelsea

O Governo britânico está pronto para aprovar a venda do Chelsea, no valor de 4,25 mil milhões de euros, mas ainda existem obstáculos, revela a “BBC”.
24 Maio 2022, 12h24

O governo português tem o poder de travar a venda do Chelsea, caso assim entenda, já que será necessária a sua autorização para que a transação seja concretizada. Isto porque Roman Abramovich, dono do clube, tem passaporte português.

Esta é a opinião do Governo britânico, revela a “BBC”, que está a negociar com a Comissão Europeia para apurar quais os requisitos necessários a nível regulatório para fechar o acordo.

Depois de as sanções impostas a Abramovich pelo governo britânico determinarem que o empresário não pode, de forma alguma, beneficiar da venda, resta garantir que as imposições que chegam de Bruxelas vão ser cumpridas.

O gigante clube inglês  chegou a acordo com o consórcio de Todd Boehly, um dos donos da equipa de beisebol LA Dodgers e será este o comprador do clube caso o negócio avance.

Roman Abramovich, oligarca russo próximo de Vladimir Putin, foi sancionado por vários países – entre eles Portugal – na sequência do início da invasão da Rússia à Ucrânia.

Em dezembro de 2021, o jornal “Público” revelou que Roman Abramovich tinha adquirido a cidadania portuguesa em abril de 2021 ao abrigo da Lei da Nacionalidade como judeu sefardita. Mas a forma como obteve a nacionalidade gerou grande polémica e a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito em março deste ano.

Na Rússia, domina o ramo Ashkenazi do judaísmo e Abramovich é um nome comum precisamente deste ramo. Os judeus sefarditas têm origem na Península Ibérica e não existe tradição sefardita no leste da Europa, segundo a “Reuters”. Em 1492, os Reis Católicos de Espanha decretaram a sua expulsão. Portugal, para onde fugiram muitos judeus espanhóis, seguiria o exemplo espanhol anos mais tarde.

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