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Boris Johnson garante que nenhum primeiro-ministro aceitaria exigências da União Europeia

“Em segundo lugar, eles dizem que o Reino Unido deveria ser o único país do mundo a não ter o controlo soberano sobre as suas águas pesqueiras. E não acredito que estes sejam termos que qualquer primeiro-ministro deste país deva aceitar”. 
  • Boris Johnson
9 Dezembro 2020, 14h54

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson assumiu esta quarta-feira, após vários dias de negociações intensas, que nenhum líder britânico conseguiria assinar as exigências da União Europeia, revela a “Reuters”. As declarações do primeiro-ministro surgem no dia em que se vai deslocar a Bruxelas para jantar e falar com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, sobre o tema Brexit.

Embora Boris Johnson admita que exista um acordo comercial para ser fechado, o primeiro-ministro já disse que o Reino Unido prosperaria sem um acordo final, tendo já ameaçado por diversas vezes abandonar a União Europeia sem qualquer acordo comercial finalizado.

“Os nossos amigos da União Europeia estão atualmente a insistir para aprovarem uma nova lei no futuro com a qual neste país não cumprimos. Eles querem o direito automático…de nos punir e retaliar”, disse Johnson no parlamento, de acordo com a “Reuters”.

“Em segundo lugar, eles dizem que o Reino Unido deveria ser o único país do mundo a não ter o controlo soberano sobre as suas águas pesqueiras. E não acredito que estes sejam termos que qualquer primeiro-ministro deste país deva aceitar”.

Os maiores desentendimentos e que continuam a causar atrasos no acordo do Brexit são a questão das pescas, a igualdade no acesso aos mercados europeus e como o acordo final será salvaguardado de possível alterações.

Depois de duas chamadas telefónicas e das negociações terem sido interrompidas e novamente retomadas, Ursula von der Leyen e Boris Johnson vão encontrar-se na capital belga para falarem mais sobre as negociações que parecem não avançar, mesmo com o prazo para uma decisão final se encontrar a três semanas de distância.

Num comunicado emitido no passado sábado, aquando da primeira chamada telefónica entre os dois líderes, eram reconhecidas as diferenças significativas entre as duas partes mas apelava-se a “um esforço adicional” para que todos os assuntos fossem resolvidos e que o tema Brexit não voltasse a ser discutido até à data efetiva de saída.

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