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Empresas chinesas e Twitter, com Musk como acionista, destacam-se em Wall Street

A revisão jurídica que o regulador dos mercados chinês vai fazer para impedir a saída das empresas de Pequim da bolsa de Nova Iorque leva-as às subidas. A rede social Twitter dispara mais de 22% com a aquisição de uma posição de 9% por parte do CEO da Tesla.
  • Wall Street
4 Abril 2022, 14h52

A bolsa de Nova Iorque abriu a sessão desta segunda-feira mista, com as empresas da China a valorizar à boleia da revisão que Pequim vai fazer das suas leis de sigilo de auditoria para impedir que cerca de 270 empresas chinesas sejam excluídas dos mercados financeiros dos Estados Unido. Assim, a plataforma de e-commerce JD.com (+4,81% para 61,93 dólares), a tecnológica Netease (+2,66% para 98,36 dólares), a Alibaba (+3,51% para 114,07 dólares) ou a Tencent Music (+2,67% para 5 dólares) estão a sobressair em Wall Street.

O índice industrial Dow Jones desce 0,43%, para os 34.668,64 pontos, o financeiro S&P 500 desliza 0,13%, para os 4.539,87 pontos, e o tecnológico Nasdaq avança 0,27% para os 14.300,35 pontos. Por sua vez, o Russell 2000 valoriza 0,43% para os 2.092,50 pontos.

Apesar da subida das cotadas chinesas, o maior destaque desta tarde são as ações do Twitter, que dispara 22,03% para 47,97 dólares depois de um documento do regulador dos mercados norte-americano (Securities and Exchange Commission) revelar que o CEO da Tesla, Elon Musk, adquiriu uma participação de 9,2% na rede social.

Por outro lado, os títulos da Starbucks caem 3,98% para 87,84 dólares na sequência de a rede de cafetarias ter suspendido o seu programa de recompra de ações para poder investir no crescimento da empresa, que há cerca de três semanas nomeou Howard Schultz para CEO por causa da reforma de Kevin Johnson. É um regresso a casa, porque Howard Schultz voltou à liderança da empresa depois de a ter presidido durante dois mandatos.

Nas matérias-primas, o destaque mantém-se no ‘ouro negro’, que dispara mais de 3%. O preço do WTI, produzido no Texas, soma 4,02% para os 103,28 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent sobe 3,34% para os 107,71 dólares. “A Saudi Aramco anunciará novos preços de exportação para os países asiáticos nos próximos dias. Dado que muitos consumidores decidiram evitar o petróleo russo, espera-se que os novos preços impliquem um prémio significativo sobre o preço do Brent, o que poderá apoiar novas subidas dos preços”, explicam os analistas da XTB, em research.

Quanto ao mercado cambial, o euro está a depreciar 0,61% para os 1,0986 dólares, enquanto a libra esterlina desce os ligeiros 0,04% face à moeda dos Estados Unidos, para os 1,3107 dólares.

“As atas da Fed na quarta-feira poderão dizer quando, quanto e a que ritmo irá reduzir o balanço. Isto é importante porque, juntamente com a subida das taxas, estamos a assistir ao fim das injeções de liquidez pelos bancos centrais, tendo em conta que a Fed terminou em março e o BCE terminará em junho”, preveem os analistas do Bankinter, numa nota de mercado.

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