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Marisa Matias considera “escandalosa” decisão da Galp de parar atividade de refinação em Matosinhos

“Uma decisão escandalosa, cerca de 700 trabalhadores ameaçados em plena crise por uma empresa que acaba de entregar dividendos recorde aos acionistas, um governo a lavar as mãos”, escreveu no Facebook a eurodeputada do Bloco de Esquerda.
22 Dezembro 2020, 10h51

A candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE) Marisa Matias classificou como “escandalosa” a decisão da Galp de parar atividade de refinação em Matosinhos.

“Uma decisão escandalosa, cerca de 700 trabalhadores ameaçados em plena crise por uma empresa que acaba de entregar dividendos recorde aos acionistas, um governo a lavar as mãos”, escreveu no Facebook a eurodeputada do BE.

Marisa Matias considerou que nesta matéria “nenhum planeamento ou transição preparada”. “Só deixar de produzir e passar a importar, tudo na mesma em emissões de CO2. Pode ser pior? Sim: o governo apresenta-nos tudo isto como resultado “dos Acordos de Paris”. Face à crise climática chamar transição energética à ganância das multinacionais e ao desemprego é um dos piores erros que se pode cometer”, completou.

Uma decisão escandalosa, cerca de 700 trabalhadores ameaçados em plena crise por uma empresa que acaba de entregar…

Publicado por Marisa Matias em Segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Do lado do Bloco de Esquerda, o partido pediu “com carácter de urgência” audição no Parlamento com o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, pelo encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos, distrito do Porto. “Esta é uma decisão com enorme alcance para a economia nacional e para a região norte do país. Que tal decisão possa ser tomada sem qualquer forma de responsabilidade pública, ainda mais no presente quadro económico e social, é a demonstração do erro que foi a privatização das infraestruturas estratégicas do país”, frisou o BE no documento enviado à Assembleia da República.

Por sua vez, o Governo revelou estar preocupado com o futuro dos trabalhadores. “O Ministério do Ambiente e da Ação Climática manifesta desde já a disponibilidade para, em nome do Governo, reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores, exigindo da empresa todo o empenho e sensibilidade social para procurar soluções para o futuro próximo”, segundo um comunicado da tutela na segunda-feira.

Na segunda-feira, foi anunciado que A Galp vai concentrar a atividade de refinação na Refinaria de Sines e deixar as operações de produção da Refinaria de Matosinhos.

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