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Wall Street encerra no ‘verde’ após Fed anunciar maior subida dos juros desde 1994

A inflação continua a ser a principal preocupação dos mercados, não só dos norte-americanos, que, depois do ligeiro alívio em abril, quando o indicador registou um abrandamento de 8,5% para 8,3%, a leitura de maio mostrou novo aumento que levou a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) a 8,6%, o valor mais alto desde 1981.
15 Junho 2022, 20h19

A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta quarta-feira em terreno positivo. Os investidores mostraram-se otimistas após a Reserva Federal norte-americana (Fed) anunciar a subida das taxas de juro diretoras em 75 pontos base (p.b.) — a maior desde 1994, indo ao encontro das expectativas do mercado, que nos últimos dias apostaram fortemente numa subida desta magnitude.

A inflação continua a ser a principal preocupação dos mercados, não só dos norte-americanos, que, depois do ligeiro alívio em abril, quando o indicador registou um abrandamento de 8,5% para 8,3%, a leitura de maio mostrou novo aumento que levou a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) a 8,6%, o valor mais alto desde 1981. Os números de sexta-feira passada levaram a uma rápida atualização de expectativas por parte dos investidores e analistas de Wall Street, com o anuncio da Fed a ir ao encontro das previsões mais recentes.

O S&P 500 termina a sessão a ganhar 1,42% para os 3.788,36 pontos. O tecnológico Nasdaq encerra a subir 2,50% para 11.099,16 pontos. O índice industrial Dow Jones também encerra o dia em terreno positivo, a subir 0,97% para 30.659,27 pontos.

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos EUA, manteve a porta aberta a nova subida de 75 pontos base (p.b.) na próxima reunião de política monetária, em julho, sublinhando a necessidade de conter a inflação. “O cenário mais provável na próxima reunião será uma subida de 50 ou 75 pontos”, afirmou Powell na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio da Fed. Ainda assim, reforçou, a decisão dos próximos meses será “dependente dos dados”, com o presidente da Fed a revelar que a autoridade monetária quer “ver progresso no capítulo da inflação”.

Em relação ao preço do barril de petróleo, em Nova Iorque, o WTI desce 2,66% para os 115.75 dólares por barril, enquanto o Brent desvaloriza 3,91% para os 118.78 dólares em Londres.

No mercado cambial, o euro aprecia 0,45% face ao dólar norte-americano para os 1,0461 dólares, enquanto a libra esterlina aprecia 1,63% face à moeda dos Estados Unidos, para 1,2189 dólares.

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