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MásMóvil assegura financiamento para avançar com a desejada fusão com a Vodafone

Depois de ter contratado o banco de investimento Goldman Sachs para estudar aquisições nos mercados espanhol e português, a dona da Nowo terá assegurado o financiamento necessário para avançar com a desejada fusão com a Vodafone, que poderá incluir a Vodafone Portugal.
17 Março 2021, 10h36

A MásMóvil está mesmo interessada em fundir-se com a Vodafone no mercado ibérico. E, de acordo com o jornal “Expansión”, o grupo espanhol, que já controla em Portugal a Nowo, tem garantido o financiamento necessário para avançar com a desejada fusão com a Vodafone. As duas telecoms deverão reunir-se nos próximos dias para explorar um eventual acordo, que poderá culminar até numa eventual operação de aquisição.

O interesse da dona da Nowo na operação espanhola da Vodafone não é novo, sendo possível que a alegada fusão venha a incluir a operação do grupo de telecomunicações britânico em Portugal. A MásMóvil tem mantido contactos com representantes da Vodafone, pelo menos desde o verão de 2020, procurando uma fusão das duas empresas.

Segundo o Expansión, a junção das operações da MásMóvil e da Vodafone iria desbloquear sinergias multimilionárias de até 3,5 mil milhões de euros. O francês BNP Paribas, entre outras entidades bancárias, estará a assessorar a MásMóvil no desenho de uma eventual operação.

Em meados de fevereiro, foi noticiado que a dona da Nowo tinha contratado o banco de investimento Goldman Sachs para estudar aquisições nos mercados espanhol e português, incluindo uma fusão com a Vodafone. O Jornal Económico contactou a Vodafone Portugal, mas a empresa liderada por Mário Vaz rejeitou fazer comentários.

A MásMóvil apresentou uma proposta de compra pela Vodafone Espanha, no valor de seis mil milhões de euros, no final de outubro de 2020. A oferta surgiu no seguimento de uma primeira abordagem durante o verão, visando apenas o mercado espanhol. Mas a imprensa espanhola já escreveu que o interesse da MásMóvil estende-se à Vodafone Portugal.

A MásMóvil entrou em Portugal no verão de 2019, após a aquisição do grupo Nowo/ONI. Mas em novembro de 2020, a MásMóvil passou a controlar apenas 100% do capital da Nowo, após um acordo entre acionistas para separar a Nowo da ONI, que passou para as mãos da Gigas.

A MásMóvil, que em Espanha tem a quarta maior operação de telecomunicações, estará a preparar-se para lançar-se nas comunicações móveis. O operador espanhol, depois de ter anunciado que iria participar no leilão do 5G, em Portugal, terá garantido as licenças de todos os lotes disponíveis na faixa dos 1.800 MHz, na fase reservada a novos entrantes.

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