O 36º dia de guerra na Ucrânia é marcado sobretudo por consequências económicas e sociais depois de Putin ter exigido o pagamento de gás russo em rublos, que já foi rejeitado pela Alemanha e França. Na Ucrânia, surgem avisos de que as tropas russas não estão a retirar, e Zelensky diz estar preparado e pede mais armas e sanções. Estas e mais notícias em baixo:
- O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta quinta-feira que a Rússia não está a retirar as suas tropas da Ucrânia, mas sim a reposicioná-las, sendo de esperar “ofensivas suplementares”.
- Na quarta-feira, as forças russas começaram a retirar-se da central nuclear de Chernobyl, que controlam desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia, e do aeroporto de Gostomel, perto de Kiev.
- O presidente ucraniano disse no mesmo dia que não acredita numa desescalada militar da Rússia e assegurou que o seu Exército preparado para novos confrontos.
- Zelensky exigiu entretanto aos diplomatas que garantam mais armas para a Ucrânia e mais sanções internacionais contra a Rússia, avisando-os que “podem começar a procurar outro trabalho” em caso de insucesso.
- Kiev vai enviar 45 autocarros para retirar civis de Mariupol, uma cidade sitiada no sudeste da Ucrânia, para onde Moscovo anunciou uma trégua.
- As tropas russas destruíram 15% das casas em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informou o autarca, Ihor Terkehov. “O exército russo destruiu 76 escolas secundárias, 54 jardins de infância, 16 hospitais”, acrescentou.
- Putin sente que foi induzido em erro pelos seus generais para a invasão da Ucrânia, os quais terão omitido detalhes fundamentais sobre os planos do exército por temerem irritar o presidente, para além dos efeitos das sanções na economia, segundo os serviços secretos norte-americanos.
- Segundo a ONU, a guerra matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, e provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
- Putin anunciou a assinatura de um decreto que prevê a obrigatoriedade do pagamento do gás russo em rublos a partir de amanhã, dia 1 de abril, consumando a ameaça feita ao longo dos últimos dias. Compradores que não cumprirem verão os contratos cessados.
- A Alemanha e França já rejeitaram a exigência, que consideram uma violação dos contratos e que equivale a uma “chantagem”. Não se sabe se os restantes países europeus estão ao lado do eixo franco-alemão.